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1.
Trab. educ. saúde ; 15(1): 33-53, Jan.-Apr. 2017.
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-962982

ABSTRACT

Resumo Este artigo teve como objetivo discutir os desafios para a implementação das ações de saúde mental na Estratégia Saúde da Família na perspectiva da desinstitucionalização e territorialização do cuidado. Descrevemos, na visão de gestores e equipes de saúde da família, o contexto territorial, formas de identificação das demandas e práticas de acolhimento e cuidado em saúde mental. Avaliamos ainda os desafios para a construção de abordagens psicossociais potentes e o cuidado em rede. O campo da pesquisa constituiu-se de dois territórios da cidade (Manguinhos e Complexo do Alemão) com características emblemáticas do contexto urbano do Rio de Janeiro no período estudado (2009 a 2013). Os pesquisadores trabalharam com estratégias de metodologias qualitativas e colaborativas que incluíram entrevistas com gestores, grupos focais com trabalhadores e visitas sistemáticas ao campo. Os dados coletados apontaram tendências específicas como expansão acelerada da Estratégia Saúde da Família com impactos no processo de trabalho; discurso dos gestores com evidência de abertura para inclusão da saúde mental na Estratégia; narrativas dos trabalhadores explicitando sensação de despreparo e baixa percepção do potencial terapêutico da atenção básica; violência nos territórios causando tensões e ambivalências em relação aos poderes locais; associação direta entre saúde mental e cotidiano violento.


Abstract This article aimed to discuss the challenges to the implementation of mental health actions in the Family Health Strategy in the context of deinstitutionalization and of the territorialization of care. We described, in the view of the family health managers and teams, the territorial context, forms of identification of the demands, and the mental health support and care practices. We also evaluated the challenges to building powerful psychosocial approaches and network care. The research field consisted of two territories in the municipality of Rio de Janeiro (Manguinhos and Complexo do Alemão), Brazil, with iconic features of the city's urban context, in the period studied (2009-2013). The researchers worked with qualitative and collaborative methodology strategies that included interviews with managers, focus groups with workers, and systematic visits to the field. The data collected showed specific trends, such as the accelerated expansion of the Family Health Strategy with impact on the work process; the discourse of the managers with evidence of opening for the inclusion of mental health in the Strategy; workers' narratives explaining their sense of unpreparedness and a low perception of the therapeutic potential of primary care; violence in the territories causing tension and ambivalence in relation to local authorities; direct association between mental health and violence in daily life.


Resumen Este artículo tuvo como objetivo discutir los desafíos para la implementación de las acciones de salud mental en la Estrategia Salud de la Familia en la perspectiva de la desinstitucionalización y territorialización del cuidado. Describimos, en la visión de gestores y equipos de salud de la familia, el contexto territorial, formas de identificación de las demandas y prácticas de acogida y cuidado en salud mental. Evaluamos también los desafíos para la construcción de enfoques psicosociales potentes y el cuidado en red. El campo de la investigación estuvo constituido por dos territorios del municipio de Río de Janeiro (Manguinhos y Complexo do Alemão), Brasil, con características emblemáticas del contexto urbano de la ciudad, en el período estudiado (2009 a 2013). Los investigadores trabajaron con estrategias de metodologías cualitativas y colaborativas que incluyeron entrevistas con gestores, grupos focales con trabajadores y visitas sistemáticas al campo. Los datos recolectados señalaron tendencias específicas como expansión acelerada de la Estrategia Salud de la Familia con impactos en el proceso de trabajo; discurso de los gestores con evidencia de apertura para inclusión de la salud mental en la Estrategia; narrativas de los trabajadores explicitando sensación de falta de preparación y baja percepción del potencial terapéutico de la atención básica; violencia en los territorios causando tensiones y ambivalencias con relación a los poderes locales; asociación directa entre salud mental y violencia cotidiana.


Subject(s)
Humans , Primary Health Care , Mental Health , Mental Health Services
2.
Rev. polis psique ; 4(2): 65-85, 2014.
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-982980

ABSTRACT

O artigo aborda o tema da medicalização, partindo de uma contextualização histórica das concepções de diagnóstico e tratamento do sofrimento mental pela medicina psiquiátrica para destacar alguns marcos de mudança ao longo do tempo. Retomamos o ideal humanista da medicina mental e a apropriação da loucura pela razão psiquiátrica para refletir sobre as sucessivas transformações nos critérios de classificação da psiquiatria e seus efeitos sociais. Buscando correlações entre passado e presente, procuramos dar evidência ao papel social do diagnóstico em saúde mental e à multiplicação e difusão das suas categorias – em especial através do DSM – para refletir sobre uma possível mercantilização do sofrimento psíquico em um contexto de forte medicalização da sociedade.


This paper approaches the issue of medicalization, focusing on the historical context of the politics of diagnosis and treatment of psychiatric medicine and its social effects. We highlight some milestones of change throughout time: the humanistic origins of mental medicine, the appropriation of madness by psychiatric reason and the evolution of the classification systems, especially DSM. Searching for correlations between past and present, the paper gives evidence to the social role of diagnosis in mental health and the multiplication and dissemination of psychopathological categories – in particular through the DSM – reflecting on the possible commercialization of psychological distress in a context of a strong medicalization process of society.


El artículo aborda el tema de la medicalización, con el enfoque en el contexto histórico de la política de diagnostico y de tratamiento en la medicina psiquiátrica y sus efectos sociales. Destacamos algunos hitos de su evolución: los orígenes humanísticos de la medicina mental, la apropiación de la locura por la razón y la evolución de los sistemas de clasificación psiquiátricos, especialmente el DSM. Investigando correlaciones entre el pasado y el presente, el paper brinda evidencias sobre el rol social del diagnóstico psiquiátrico y de la multiplicación de las categorias psico-patologicas – particularmente el DSM, la propuesta és una reflexion con respecto a la posible comercialización del sufrimiento psíquico en el contexto de fuerte medicalización de la sociedad.


Subject(s)
Humans , Medicalization , Mental Disorders , Mental Health , Psychiatry/history , Social Control, Informal
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